Significado da musica

Minha Alma (A Paz Que Eu Nao Quero)                         


Rappa

a minha alma está armada
e apontada para a cara                               
do sossego (sego)
pois paz sem voz
não é paz é medo (medo)

às vezes eu falo com a vida
às vezes é ela quem diz
qual a paz que eu não quero
conservar
para tentar ser feliz

as grades do condomínio
são para trazer proteção
mas também trazem a dúvida
se não é você que está nessa prisão
me abrace e me dê um beijo
faça um filho comigo
mas não me deixe sentar
na poltrona no dia de domingo
procurando novas drogas
de aluguel nesse vídeo
coagido pela paz
que eu não quero
seguir admitindo

 

O Significado

A Alma dele está “armada e apontada para a cara do sossego”, ou seja a sua “consciência” exige que ele saia desse sossego(apatia) disfarçado de paz.
Essa paz é medo, para termos “paz” temos que ficar trancados em casa (com medo). Não conseguimos usar a nossa “voz”.
Temos que procurar coisas superficiais e passageiras (drogas de aluguel) impostas pela sociedade. Apresentadas no vídeo coagido, ou seja, nos meios de comunicação (vídeo) que são “coagidos”, censurados.. que apresentam uma visão completamente parcial da realidade e das possibilidades que a pessoa pode ter. Parece que limita a PAZ ao simples “sossego”, a necessidade de ficarmos presos em nossas casas para termos essa “paz”. Sem dúvida um vídeo que nos limita, nos atira a nossa “voz”.
Uma sociedade que traz “paz” através da imposição do medo.

 

Tudo que a pessoa quer é tranquilidade, sossego mas é um sossego em que ele não precise silenciar por medo. Que ás vezes é a vida que dita ás regras, ou seja, ele vive em um mundo onde vê tudo acontecendo de ruim, mas tem que ficar calado se quiser viver tranquilo, ‘feliz’.
Ele diz q a vilencia na sociedade chegou a tal ponto em que cada vez mais nos prendemos pra se sentir protegidos.
Ele busca no carinho do beijo e do abraço, do filho..uma valvula de escape pra tudo isso q ele vive, de sair da ociosidade de um tv coagida q so mostra seus interesses e que manipula ou seja é uma paz sem voz como ele diz no começo. Ter que aceitar silenciar fazer o jogo.

Os teus recados

Sei de muitos pregadores que se enganaram a respeito de si mesmos e a teu respeito. Acharam que lhes davas um recado especial e se apressaram a proclamá-lo na mídia. Deus curaria aquela criança por quem oravam. Deus curaria uma senhora por quem o povo intercedia. Diante de milhões de fiéis passaram como profetas e videntes.

Foram reverenciados e aplaudidos, mas o que profetizavam não aconteceu. Ao invés do pedido de desculpas e da retratação humilde, preferiram o silêncio. Com isso, tornaram-se charlatões. Para o povo, eles ainda parecem piedosos, santos e profetas, mas quem conhece a tua palavra sabe que eles a usaram para promover-se aos olhos da multidão. O púlpito carrega este perigo; em todas as igrejas.

Não eras Tu. Não estavas a falar. Através da história houve muitos videntes que viram o que queriam ver e não o que existia. Houve muito mais videntes do que aparições ou mensagens.

Por isso, bom Deus, põe prudência e juízo no meu coração para que eu não invente visões que não existiram ou mensagens que não me foram dadas. Sei que não sou um bom profeta, mas se devo ser um, dá-me a graça de não inventar curas, recados, mensagens e visões. Dá-me o dom de distinguir o que é e o que não é. Se eu errar, concede-me a graça de ser suficientemente humilde para admitir meu erro. Caso contrário, aí mesmo é que não serei um profeta. Verdadeiros profetas não mentem nem a si mesmos nem a ti e nem ao povo. E não fazem qualquer coisa para ganhar mais uma salva de palmas.

 

 

Coração de Estudante
Wagner Tiso e Milton Nascimento

Quero falar de uma coisa
adivinha onde ela anda?
deve estar dentro do peito
ou caminha pelo ar
pode estar aqui do lado
bem mais perto que pensamos
a folha da juventude
é o nome certo desse amor

Já podaram seus momentos
desviaram seu destino
seu sorriso de menino
quantas vezes se escondeu
mas renova-se a esperança
nova aurora a cada dia
e há que se cuidar do broto
pra que a vida nos dê flor e fruto

Coração de estudante
há que se cuidar da vida
há que se cuidar do mundo
tomar conta da amizade
alegria e muito sonho
espalhados no caminho
verdes: planta e sentimento
folhas, coração, juventude e fé

As aparências enganam aos que odeiam e aos que amam

Em 1979, a brilhante Elis Regina – mãe de Maria Rita, para os mais ‘novos’ – lançou uma música que Tunai fez em parceria com Sérgio Natureza, seu nome: “As aparências enganam”. Segue a letra:

 

As aparências enganam aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e ódio se irmanam na fogueira das paixões
Os corações pegam fogo e depois não há nada que os apague
Se a combustão os persegue, as labaredas e as brasas são
O alimento, o veneno, o pão, o vinho seco, a recordação
Dos tempos idos de comunhão, sonhos vividos de conviver

As aparências enganam aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na geleira das paixões
Os corações viram gelo e depois não há nada que os degele
Se a neve cobrindo a pele vai esfriando por dentro o ser
Não há mais forma de se aquecer, não há mais tempo de se esquentar
Não há mais nada pra se fazer senão chorar sob o cobertor

As aparências enganam aos que gelam e aos que inflamam
Porque o fogo e o gelo se irmanam no outono das paixões
Os corações cortam lenha e depois se preparam pra outro inverno
Mas o verão que os unira ainda vive e transpira ali
Nos corpos juntos, na lareira, na reticente primavera
No insistente perfume de alguma coisa chamada amor

 

As Aparências Enganam
(Tunai / Sérgio Natureza)

 

Dedico esse post aos inflamados blogueiros e corajosos virtuais, aos ingênuos e interesseiros, como também ‘aos que odeiam e aos que amam’.

Eu li no Jornal que solidão faz Mal.

Pensamento que Muda

Sem ter o que escrever, no pensamento destrutivo a intuição de fazer algo que vai gastar minha energia mental e espiritual, esperar por uma mente aberta e tentar mudar , fazer diferente criar e dedicar na prática, gera a criação o pensamento se torna letras e que forma palavras a serem idealizadas, que mais tarde vai ser lida por um ser dotado de toda inteligência possível capaz de entender tudo aquilo que foi colocado no papel, ou até mesmo na tela de um computador, na atenção eu considero aprendizado no consciente formando uma subjetividade jamais vista, uma interiorização objetiva separando o bem do mau, formando uma verdadeira transparência sem máscaras, vivendo só o dia de hoje.

Atribuído, sustentado e transformado, não por mim mesmo mas por uma FÈ que nem mesmo a ciência pode explicar, ela já é simples e tem explicação, e despida de todo orgulho e razão caminha para aqueles que creem , a palavra chave é amor, esse que não é apenas um simples romance mas sim o que move o que gera e edifica um Homem o torna nem melhor ou pior que ninguém, apenas uma pessoa humana de verdade. Que verdade?

A verdade da prática e experiência de ralar o rosto em um muro e sair ferido por que faltou o amor, nós precisamos das nossas dificuldades parar termos saúde, precisamos do amor para viver em uma cultura e não acabar com a humanidade por falta dele, acabar com esses dogmas e ter dialética, acreditar em Deus em Cristo Jesus, e continuar a escrever, o que era destrutivo passa a ser uma ideia cheia de projetos e alegria, no caminho mais estreito caminhando com direção.

 

"Que eles seja teus por meio da verdade a tua mensagem é a verdade

CULTURA

A Alma Brasileira

Qual a origem? O que é que fica? O que é que muda? Boas perguntas para o tema da semana: identidade  . De onde eu vim, o que é que ficou desde então e quais foram as mutações durante a jornada; identidade não é um patrimônio irretocável. Perde-se e ganha-se enquanto a gente se movimenta rumo a eternidade. Opa! Eternidade? Cabe dizer: alguns acreditam que o corpo é a pessoa. Morreu o corpo, acabou a pessoa. Como diz R.N. Champlin sobre o pós-morte, “poucos são tentados a chamar aos ossos ou às cinzas que sobraram de uma pessoa”. São raros, eu sei, mas fazem bastante barulho.

É certo que resistimos à morte física – eu acredito assim – e aquilo que Yohji Yamamoto e Ronaldo Fraga chamam de “a cidade dentro de si” continua brilhando mesmo depois do “único mal irremediável” (lembram de Chicó?). Eis aí um certeza para poetas, artistas e crentes: a alma. Então, qualquer conversa sobre identidade, coletiva ou individual, passa pela certeza de um corpo distinto e uma alma distinta que formam uma unidade perfeita.

Antonio Poteiro - Vida e Paixão de Cristo 1985

A alimentação para o corpo quase não é mencionada nos meus textos. Poderia falar de banquetes e destilar o vocabulário para relatar os efeitos da boa alimentação sobre a vida intelectual, mas acabo me levando para os locais mais obscuros dos sujeitos que se fartam nos banquetes; a alma em primeiro plano, a subjetividade do sujeito. Existe um universo interior, uma consciência, um esquecer e um relembrar, uma memória que nos torna humanos e por isso nos faz pegar em garfos e facas, elaborar receitas, criar etiquetas e forros de mesa. Isso me interessa bastante.

No final: a glorificação, um corpo restaurado e a tão aguardada plenitude! Enquanto isso: somos presença temporária e individualidade contínua. O corpo há de se fragmentar e virar pó, mas a identidade pessoal será preservada, haverá lembrança, haverá duração, eternidade. É por isso que tudo aquilo que fazemos aqui reverbera para sempre, pois permanecemos. É por isso que não acreditamos no caos e na banalização do ser humano, é por isso que acreditamos em céu e inferno; só porque essa vida presente faz sentido e estabelece sentido. Um rumo para a alma, é isso que buscamos todos os dias e sem saber (ou com algum entendimento) experimentamos no Caminho.

Eckhout _ Dança dos Tarairiu

Para os cristãos, identidade tem a ver com Cristo. Ele se fez homem para que pudéssemos participar da vida de Deus. Uma união mística que altera, ou melhor, restaura a verdadeira identidade perdida depois da Queda. Sim! Estar em Cristo é ser humano. Não existe alteração, mas completude. Estar em Cristo não é se tornar um anjo, é ter um modelo de humanidade possível, real e intensa: ser homem o bastante para morrer pelos amigos, ser homem o bastante para lavar os pés do traidor, ser homem o bastante para gastar a vida naquilo que dura para sempre. Considerar esse encontro com a pessoa de Cristo – nós e Ele – é verificar que não existe identidade fora da divindade; nós nos atamos Nele e não há espaço para autonomia. Ser um cristão brasileiro é viver sua brasilidade no Caminho, na Verdade e na Vida. Qual a origem? Nascemos de novo, Nele. O que é que fica? O velho homem lutando com o novo. O que é que muda? Tudo aquilo que o Espírito fizer morrer e tudo aquilo que Ele vivificar.

Na formação do nosso povo temos a seguinte sequência, generalista, mas que ajuda a explicar esse papo: vieram os português que encontraram os índios, pouco adiante traficaram escravos africanos para trabalhar nas lavouras e na extração de ouro, entre reis e imperadores passaram-se gerações, chega o fim da escravidão, início da imigração europeia pra plantar café e colonizar o sul. Português, Índio, Africano e Imigrante, os quatro pilares da nossa origem enquanto povo. No entanto, se considerarmos a realidade do encontro entre homem e Deus, falta-nos atualizar esse esquema.

Heitor dos Prazeres _ Samba

Theodoro De Bona _ Terra Prometida/Imigrantes

 

 

O brasileiro que crê tem isso aqui dentro de si: Português, Índio, Africano, Imigrante e Jesus. Uma guerra interior começa a ser travada e ela fica mais estranha se considerarmos que Jesus é anterior a qualquer Português, Índio, Africano ou Imigrante, fazendo a gente considerar que esses povos que sustentam o nosso DNA também já haviam se encontrado com Ele e talvez o esquema mais verdadeiro venha a ser este: Jesus-Português, Jesus-Índio, Jesus-Africano, Jesus-Imigrante, Jesus-Brasileiro. Porque não somos os primeiros a crer. Porque Ele não se revelou somente pelo catolicismo ou protestantismo (fator Melquisedeque). Porque é preciso pensar agora que sempre existiu na história aqueles que levaram Jesus a sério e os que ignoraram tal encontro. Sempre existiram aqueles que se concentraram mais naquilo que vira cinza e pó do que naquilo que dura para sempre! Meu desejo é descobrir a brasilidade daqueles que sempre desejaram a eternidade! Eu quero a brasilidade daqueles que creram e por isso falaram, dançaram, pintaram e encantaram a vida do nosso povo. Haja alma! Aja!

 

 

 

 

 

 

 

CULTURA

 

Pegando a deixa da Cultura

 

Discutir. Propor. Mas que coisa é essa? Dar nome. Por palavra onde só existe imagem. Eu defendo uma arte com proposta pois no final das contas não existe uma que não tenha a sua.  Todo artista sincero sabe que ao compartilhar sua arte está se confessando publicamente, está nu, está pelado, está sem roupa! Talvez seja por isso que a cultura pop aliada à indústria do entretenimento se utiliza de tantos artifícios para “vestir” a personalidade artística – distanciando o homem-artista do homem-comum, vai tentando desdizer aquilo que está sendo dito pela arte. A arte sempre denuncia a nossa humanidade! É por isso que não raras vezes um filme, uma música, uma peça de teatro entra nas nossas rodas e logo vira discussão, debate e (quando bem aproveitado) uma proposta.

Mas, sobre o que o artista deve falar? Qualquer coisa que o sensibilize. Qualquer coisa que esbarre na sua canela. É possível que de forma mais ampla, o compositor seja incomodado com as perguntas deixadas pela cultura. Pegue todo os movimentos artísticos que passaram por este país: modernismo, bossa nova, jovem guarda, tropicalismo, rock Brasília, mague beat, indie rock e considere os dramas de cada um, a alma moldada pelos criadores de tantas canções e artefatos. Coloque tudo sobre a mesa. Pare um pouco e comece a contemplar. Certamente você encontrará muitas e interessantes perguntas que estão aí aguardando a sua resposta.

Não se assuste quando descobrir que as perguntas “deles” são muito parecidas com (se não iguais) as “nossas”.

Vai.

Marcos Almeida